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Com recuperação gradual em 2024, embalagens de papel têm perspectiva otimista no curto prazo 4y4b1s

Após o boom na pandemia, o setor sofreu uma “ressaca” em 2023, com expectativa de crescimento para os próximos anos na América Latina v6we

Na última semana, aconteceu a conferência Forest Products Latin America 2024, organizada pela Fastmarkets, em São Paulo. O evento abordou o cenário atual do setor de packaging, trazendo insights de economistas da companhia e promovendo debates sobre o panorama do mercado. 6j2v3d

Após o crescimento acelerado entre 2020 e 2022, a indústria de embalagens na América Latina sofreu uma “ressaca” em 2023, com desempenho mais fraco comparado ao crescimento estrondoso no período da pandemia. Em 2024, por sua vez, o setor começa a se recuperar gradualmente, conforme explicou Rafael Barisauskas, economista da Fastmarkets para América Latina.

Nesse sentido, a perspectiva é otimista para 2025-2026, com estimativa de CAGR de 2,5% para corrugados e 2,6% para cartões na América Latina. No Brasil, crescimento da demanda de corrugados é estimado em 1,9%, inferior a outros países latinos como Uruguai (5,5%), Argentina (5,2%), Paraguai (4,9%), Colômbia (3,3%) e México (2,0%). Já para cartões é de alta de 2,1%, atrás do Uruguai (7,3%), Paraguai (7,2%), Argentina (4,2%), Colômbia (3,4%) e México (2,6%).

Esse cenário é baseado principalmente na resiliência da demanda local, sustentada pelas exportações de alimentos – como frutas e proteínas –, pela recuperação de inventários mais baixos, e devido às taxas de juros menores e inflação que apoiam a atividade econômica.

Outros fatores que devem impactar o setor são o crescimento na busca de serviços ante bens de consumo, competidores mais fortes com a consolidação de grandes players e produtores mais verticalizados para uma produção integrada, bem como a políticas globais resultantes da movimentação europeia para legislar sobre a sustentabilidade das embalagens com a EUDR. Apesar disso, o impulsionamento das exportações de alimentos na América Latina – exceto no México – e a tendência de substituição do plástico devem seguir reforçando a solidez do segmento de embalagens de papel.

Assim, apesar de não atingir os níveis históricos da pandemia, o setor volta a apresentar resiliência e crescimento no curto e médio prazo.

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